quarta-feira, 25 de março de 2009

Vocês se lembram daquela música "Querelas do Brasil", de Maurício Tapajós e Aldir Blanc, que maravilhosamente Elis Regina gravou? Começava assim: "o Brazil não conhece o Brasil". Não acontecem aqueles "links" inesperados - inexplicáveis à primeira vista - na cabeça da gente? Comecei a cantar bem baixinho: "a API não conhece a API"...
É à Associação Paraibana de Imprensa - aquela que fica na Visconde de Pelotas, centro de João Pessoa - que estou me referindo. Acontecerão eleições, em meio às chuvas de julho, para renovar a sua diretoria. Espero que as chuvas caiam não somente para lavar a escadaria da entidade, mas também respingar nos corações e mentes dos associados que chegou a hora de resgatar a história, o papel, a função, a plena independência da API. Até mesmo a hora de uma mudança mais-que-profunda, mais-que-perfeita.
Estou com meu voto decidido. Será na chapa encabeçada pela jornalista Marcela Sitônio, pessoa batalhadora, sincera, de pulso forte, antenada com todas as tribos e anticorporativista por excelência. Marcela tem outra virtude para dar novo tom à API: não tem papas na língua.
Quase esquecia outra qualidade maravilhosa de Marcela: é de uma solidariedade ilimitada com os amigos, companheiros de trabalho, pessoas que não têm medo de procurar o brilho. Caetano compôs e gravou: "gente é pra brilhar".
Tive a honra de ser presidente da API, de 1983 a 85, e de, nessa condição, ter coordenado o comitê estadual das "Diretas Já". Fui antecedido por Biu Ramos, sucedido por Nonato Guedes e sempre tive como nossos maiores exemplos os presidentes Adalberto Barreto e Gonzaga Rodrigues. Naquela época já conhecia Marcela Sitônio e recebi seu apoio "pro que desse e viesse".
A API precisa do resgate de seu fortíssimo perfil cultural e sua condição de fórum para importantes debates de interesse estadual e nacional. Ela não necessita de "clubismo" nem de práticas assistencialistas. A API morre de vontade para retomar a sua cara, do jeito que ela é. Marcela Sitônio e os que já estão com sua candidatura têm força, vontade, prazer e idéias suficientes a fim de que isso aconteça.
PS. A coluna assinada pelo jornalista Carlos Aranha foi´publicada na edicação do JORNAL CORREIO DA PARAIBA (16.03.2009)-- API DIFERENTE,

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